Raio

Começa a noite, e o Gigante da Beira Rio já vai sendo lotado por toda a sua massa. O barulho dos tambores da Popular começa a ser ouvidos por toda a parte. Tudo pronto para o inicio de uma festa.
Alguns não acreditam em superstição, mas houve algo de diferente ontem. O Inter sempre ataca para o lado do placar no segundo tempo, não no primeiro. Se foi por isso ou não, aos 14 minutos o Coritiba abre o placar. Aqueles que acreditam na tal superstição, já começam a prever o pior. Mas Taison não. Esse não acredita em superstição, em zaga complicada ou em má fase. Taison decide. Taison voa. Taison, um raio. Aos 21 minutos, recebe um passe de Nilmar e fuzila o goleiro Vanderlei, empatando o jogo. Tudo se mantém normal, com a versão 2009 do Rolo Compressor cadenciando o jogo.
Segundo tempo, e o Rolo Compressor começa a funcionar. E se ele começa a funcionar, Taison começa a destruir o jogo. Aos 14 minutos, ele arranca da intermediária, passa pela defesa inteira do coxa, e para. Tudo para naquele momento. Alguns jogadores do Coritiba caem no chão. Quem sabe é para louvar o Deus do raio, que com um passe magistral coloca Alecsandro na cara do gol para marcar o gol da virada. Nesse momento, Taison já era o craque de todas as rádios, TVs, blogs, sites... Mas para o menino não bastava. Para o Inter não bastava.
A torcida ainda comemorando o segundo, quando Taison faz algo mais impressionante ainda. Engana dois marcadores e entrega novamente para Alecsandro, que por sua vez faz um passe de futebol de areia para o iluminado Andrézinho matar a partida.
Existe superstição, sorte ou coisas do tipo? Isso eu não sei. Só uma coisa foi provada, e uso as palavras de Marcelo Benvenutti para terminar esse post:
“A moeda foi lançada e dos dois lados está escrito somente um nome: Taison.”