Páginas

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sem precisar do passado

Certa vez, estava reunido com alguns tios e amigos, cercado por aquele chimarrão, tendo como música ambiente o som da costela sendo assada calmamente, como o tempo realmente se firma em épocas de veraneio. Calmo e tranquilo. Sem nos esquecermos das risadas, tão comuns na família Schreiber, que contagiam até mesmo quem é tímido ou não gosta de proferir um sorriso no rosto.

Entre essas varias conversas e risadas com meus familiares, depois de passar por futebol e música, chegamos ao assunto mulher. Ah, as mulheres, sempre tão decorrentes dos pensamentos de nós meros mortais, que sempre tentamos entender seu mundo complicado e complexo. Suas reações adversas, o “sim” que na verdade é “não” ou o “nada” que no fundo, você sabe que está tudo errado.

Em um dado momento, um dos pensadores começou a falar de seus relacionamentos passados (claro que minha sua excelentíssima não estava nem perto para ouvir, se não...). Falou de loiras, morenas... Certamente alguns casos mentirosos, mas realmente engraçados. Relatou como conquistava as moças nas “discotecas” e a quantidade de “foras” que já tinha levado na vida. Mas teve um momento, que ele começou a falar tão bem de uma ex que chamou minha atenção. Disse que muitos momentos marcantes da sua vida, ele havia passado com aquela garota. Só que o relacionamento dele acabou. Depois ela quis voltar, mas ele não demonstrou interesse. A conversa e as risadas continuaram, e o “conquistador” se separou dos demais e foi para cozinha. Nesse momento, o chimarrão já havia dado lugar para a pinga, e ninguém reparou na ausência dele. Fui atrás e perguntei se estava tudo bem. Foi aí que ele me disse: “Por mais que seja bom, dificilmente dará certo de novo. Há exceções, mas raramente acontecem.”

Talvez no futebol seja assim também. Épocas e eras passam e sempre temos que tentar fazer o possível para renovar. Fernandão sempre estará em nossas lembranças e poderia dar certo, como já ocorreu no nosso amado vermelho e branco. Nossa diretoria não quis arriscar. Se foi certo ou não, só o tempo pra dizer. Mas uma coisa é certa: O homem que tanto falou acima está feliz hoje. E lembre-se que ele não precisou vasculhar o passado para estar desse jeito atualmente.

Um comentário: