Páginas

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Se for assim...

O colorado Alex Moure nos mandou "o que vai acontecer" dia 1º.
Sinceramente, a maioria dos colorados teria um ataque cardíaco (inclusive eu =D), mas na madrugada do dia 2, estaríamos bêbados e alegres, certamente.

Segue abaixo a "história"... Valeu Alex =D :


"01/07/2009

O Gigante da Beira Rio ruge como se ganhasse vida própria, os guerreiros Colorados entram em campo com o apoio de um exército fiel de seguidores. Nossa tarefa é árdua, é Herculea, é praticamente impossível, como alardeiam por todos os cantos os incrédulos e os secadores. A batalha mais importante do 1º semestre do ano do centenário está prestes a ser travada.
Irrompendo das escadas de acesso ao campo vem Guiñazu a frente, nosso guerreiro espartano, cara fechada, semblante sedento de vitória, sangue no olho. A neblina que toma conta do Gigante demora a dissipar-se, o que faz o árbitro retardar o início da partida. Todos em uma só voz cantam que estarão contigo Inter, pois tu és a nossa paixão não importa o que digam. O adversário já está em campo, notamos no semblante de cada atleta o espanto causado pelo rugir do Gigante. Rola a bola, primeiro ataque do Inter, D'alessandro lança Taison na ponta direita, ele dribla o lateral, entorta o zagueiro, levanta a cabeça e vê Nilmar entrando pelo centro da área, passe preciso, Nilmar de chapa, Inter 1 x 0. Ensandecido, o Gigante ganha vida, parece pular às margens do Guaíba, recém é 1 minuto de jogo e a diferença começa a se desfazer. O nervosismo é evidente no semblante dos atletas corinthianos, tanto que na saída de bola um passe errado cai nos pés de Magrão que tabela com Guiñazu, que avança pela esquerda, levanta a cabeça e vê "El Cabezón" livre de marcação na frente da área, passe preciso, D'ale domina com a direita já ajeitando para a canhotinha, chute forte e seco no ângulo direito do goleiro Felipe, delírio da massa, 4 minutos de jogo e 2 x 0 para o Inter. Tudo está no seu lugar, o jogo corre tranquilo, o Inter pressiona mas esbarra no goleiro Felipe, o Corinthians apenas se defende, Ronaldo sucumbe a marcação de Índio e "El Cholo", termina o 1º tempo e o Gigante permanece vivo, rugindo como um leão faminto, sedento de sangue.
O cimento do Gigante está quente, as vibrações emanam de todas as partes, não há murmúrios, somente cânticos, os Xamãs da Popular comandam a tribo enquanto os guerreiros colorados retornam ao campo. Espremidos atrás do gol, os corinthianos mal conseguem cantar, estão observando o Gigante mover-se para cima dos jogadores. Recomeça a partida, o massacre permanece, só o Inter ataca, Mano Menezes arranca o que lhe resta de cabelo à beira do campo, grita, xinga, esperneia, de nada adianta, seus comandados estão sendo massacrados pelos Espartanos Colorados. Chegamos aos 30 minutos do segundo tempo, Nimar invade a área a dribles, o Beira-Rio acompanha a jogada com olhos de Lince, desde o jovem torcedor acostumado as glórias até o mais antigo, mais experiente que viveu o auge dos anos 70 e a pobreza dos 80 e 90, dribla um, dois, três, nos faz lembrar do gol de abertura do Brasileirão, vai encarar ao goleiro Felipe, tenta um toquezinho por baixo da bola que encobre o goleiro e segue a trajetória da baliza, a nação Colorada começa a vibrar, a bola vai entrando, é o gol do título, é o gol do desafogo, é a reconquista de 2005. É nesse instante que surge o salvador vulto de branco, Chicão coloca a cabeça na bola, voando desde a entrada da pequena área, conseguindo o desvio para escanteio, o Gigante ruge, agora de dor, sente-se ferido, seria mais um gol de placa do menino prodígio Nilmar, impedido por quem nem deveria estar em campo se o careca Heber Roberto Lopes tivesse utilizado um critério na aplicação de cartões no Pacaembú. Escanteio para o Inter, já são 35 do segundo tempo, zagueiros na área, neste momento toda a torcida Colorada espalhada pelo planeta está na área, D'ale cobra, a bola faz a curva quase saindo por trás do gol, o único instante de silêncio que se vê no estádio, surge o gigante da defesa colorada como uma flecha certeira, testaço fabuloso, Índio, o predestinado, estufa os cornéis da cidadela alvi-negra, não há mais barreiras para o título, não haverá mais cobrança de pênaltis, são 10 minutos de coração na mão, é o Inter contra tudo e contra todos, estamos vomitando o 2005 estamos exorcizando os fantasmas do passado, cavalo paraguaio só na Azenha, somos Inter. O Gigante estremece, as vibrações são sentidas a quilômetros de distância, os corinthianos assistem atônitos a tudo, é hora de acalmar o jogo, tocar a bola, garantir o resultado. Então, aos 41 minutos, a única bola que sobrou para "El Gordo" Ronaldo, ele avança em direção ao gol, num descuido da zaga, é só ele e Lauro, o frio na espinha toma conta dos Colorados, até o cimento do Gigante sente o calafrio em suas estruturas, Ronaldo toca de lado, corte seco, Lauro consegue um leve toque com a ponta dos dedos, o suficiente para desviar a trajetória da bola, que sobra novamente para Ronaldo, mas já nesse instante com a cobertura de "El Cholo", que protege a jogada com o corpo, "El Gordo" desaba, o juiz alucinadamente apita, era a oportunidade que ele esperava, o pênalti mais vergonhoso da história, cometido pelo deslocamento de ar de Guiña, o juiz é cercado, empurrado, peitado, mas não há mais o que fazer, o Gigante se cala, o nervosismo toma conta de todos, 45 do segundo tempo, ele marca mais 5 de acréscimo por causa da confusão, D'ale, o mais exaltado, é expulso, Lauro e Guiñazu recebem o amarelo, a euforia toma conta dos corinthianos que até então estavam calados atrás do gol. Bola nas mãos de "El Gordo", Lauro pula de um lado para o outro em cima da linha, ouvem-se os gritos de apoio da torcida, "Lauro! Lauro! Lauro!", e um longo silêncio após o apito do juiz, é o momento da decisão, Ronaldo parte para a bola, morde o lábio inferior, lambe os beiços como se saboreasse o título, Lauro para de pular nesse momento, olhar fixo na bola, concentração total, Ronaldo chuta forte, seco, a meia altura, o típico pênalti indefensável, canto esquerdo de Lauro, que voa, voa, voa em direção a bola, perfeito, clássico, sem espalhafato, Gigante Lauro, o Beira Rio é só festa, a bola não chega a sair, "El Gordo" está cabisbaixo, mãos na cintura, não acredita no que vê, ele saboreou a Copa do Brasil por instantes e agora o gosto é amargo. 49 minutos, o Inter prende a bola no ataque enquanto nós festejamos no cimento do Gigante, sinto as lágrimas escorrerem de meus olhos, recordo-me de todas as tristezas e alegrias que já vivi com meu time, estava lá contra o Olímpia, assim como estava lá contra o Bahia, estive presente em todos os títulos recentes, jamais me afastei do Inter, esse sentimento, essa religião, não escuto o apito final, estou ajoelhado fazendo uma oração, assim como fiz em 2006, reconquistamos o Brasil, longos anos se passaram e finalmente aquele 2005 está se apagando de minha memória.
Sou INTER, sou RAÇA, sou PAIXÃO, sou CAMPEÃO!!!
Espero que este texto sirva de inspiração a todos os Colorados para que façam a sua parte, incentivem, cantem, joguem junto com o time, façam o Gigante criar vida neste dia, não chegamos tão longe para nos entregarmos agora, não tá morto quem peleia.
SEREMOS CAMPEÕES!!!! "

Já sabe ;)

A interatividade do blog está aí!

História, foto ou algo haver com o nosso amado INTER, mande para o e-mail "nacaogigante@hotmail.com".

Saudações coloradas ;)

Um comentário:

  1. felipe de andrade ferreira20 de junho de 2009 às 22:33

    simplesmente fantástico...

    deus nos ouça...
    temos grandes guerreiros... e uma torcida fabulosa...

    pode ter certeza que aqueles que lerem este post não se arrependeram...

    com certeza haveram os desacreditados... Mas o Inter é mais que isso... é raça, amor,é paixão itens suficientes para superar qualquer coisa e irá calar estes que não aceditam na força vermelha e branca dento do gigante da beira-rio...

    que isso sirva como motivação a todos...

    colorado sempre!!!!! Parabéns!

    ResponderExcluir